Vereadora Anne Moraes é indiciada pela Polícia Civil por maus-tratos e crimes ambientais 

As investigações teriam apontado ainda que a associação não priorizava a adoção dos animais, contribuindo para a superlotação e agravando o quadro de negligência

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Foto: Reprodução

A vereadora Anne Moraes (PP) foi indiciada por três crimes pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (5), após uma investigação que revelou uma série de irregularidades e maus-tratos a animais na sede da ADA (Associação Defensora dos Animais), entidade da qual ela é presidente. A parlamentar pode pegar até 13 anos de prisão, somadas as penas pelos crimes. O inquérito aponta que cães e gatos morreram de fome e sede em um ambiente considerado insalubre. A polícia ainda encontrou medicamentos vencidos, ossadas enterradas no quintal da associação — que foram confirmadas como restos mortais de animais — além da convivência de espécies como cães e porcos no mesmo espaço, o que favorece a transmissão de doenças. Esses fatores configuram os crimes de maus-tratos, poluição ambiental por resíduos e crime sanitário.

A operação que deu início às investigações foi realizada em dezembro de 2024, quando mandados de busca foram cumpridos na sede da ADA. Na ocasião, vários animais em estado de debilidade foram resgatados. Criada em 2012, a ADA abriga atualmente cerca de 700 animais. As investigações teriam apontado ainda que a associação não priorizava a adoção dos animais, contribuindo para a superlotação e agravando o quadro de negligência. O inquérito foi finalizado e será agora encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia formal à Justiça contra a vereadora. Se condenada, Anne Moraes poderá enfrentar uma longa pena de reclusão.

Em nota, a vereadora e protetora animal Anne Moraes, conhecida como “Anne da ADA”, rebate acusações recentes envolvendo maus-tratos e crimes ambientais na Associação Defensora dos Animais de Londrina (ADA). Ela afirma que a ADA atua há mais de uma década de forma voluntária, preenchendo a omissão do Poder Público em políticas de proteção animal. Destaca que os ataques à sua honra são injustos e que a alta quantidade de animais acolhidos se deve à ausência de apoio governamental. Anne afirma que a sede da ADA funciona em imóvel alugado em seu nome e que os pedidos de ajuda sempre foram ignorados até sua eleição. Ela nega as acusações e afirma que provará sua inocência, responsabilizando o descaso das autoridades pelo quadro atual. Reforça que continuará atuando em defesa da causa animal.

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Redação Paiquerê FM News

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