Vida na Terra tem prazo estimado e pode acabar com perda gradual do oxigênio, apontam pesquisadores

Estudos apoiados pela NASA indicam que a atmosfera terrestre se tornará irrespirável em cerca de 1 bilhão de anos

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A vida na Terra não é eterna. Pesquisadores do Japão, em estudos apoiados pela NASA e conduzidos em cooperação com a Universidade de Tohoku, projetam que o planeta perderá gradualmente o oxigênio atmosférico, tornando-se inabitável para a maioria das formas de vida complexas dentro de aproximadamente 1 bilhão de anos.

Segundo os cientistas, o processo não será repentino, mas silencioso e inevitável. As simulações indicam que os primeiros sinais dessa transição podem começar dentro de cerca de 10 mil anos, com intensificação progressiva ao longo de milhões e bilhões de anos, até que os níveis de oxigênio caiam drasticamente.

Simulações apontam colapso do oxigênio

O estudo analisou mais de 400 mil simulações climáticas e atmosféricas, que indicam que o oxigênio poderá cair para menos de 10% dos níveis atuais. Esse cenário se assemelha às condições da Terra antes do chamado Grande Evento de Oxidação, ocorrido há cerca de 2,5 bilhões de anos, quando o oxigênio ainda era escasso na atmosfera.

De acordo com os pesquisadores, o principal fator responsável por essa mudança será a evolução natural do Sol. À medida que envelhece, o Sol se torna mais quente e luminoso, elevando a temperatura da Terra. Esse aumento acelera a decomposição do dióxido de carbono (CO₂), elemento essencial para a fotossíntese.

Com menos CO₂ disponível:

  • as plantas terão dificuldade para realizar fotossíntese;

  • a produção de oxigênio será comprometida;

  • o ciclo carbonato-silicato, que ajuda a regular o clima, será enfraquecido.

Planeta pode voltar a abrigar apenas microrganismos

O líder do estudo, o pesquisador Kazumi Ozaki, explica que esse processo levará a uma transformação profunda do sistema terrestre.

“Com o tempo, a Terra provavelmente se transformará em um mundo dominado por formas de vida anaeróbicas”, afirmou.

Esses organismos não dependem de oxigênio para sobreviver e são semelhantes às formas de vida que existiam antes da oxigenação da atmosfera. Segundo os cientistas, esses microrganismos podem persistir por um período indeterminado mesmo após o colapso do oxigênio.

O coautor Christopher Reinhard complementa que a vida baseada em oxigênio pode ocupar apenas uma fração da história habitável do planeta.

“A vida baseada em oxigênio pode durar apenas entre 20% e 30% do tempo total de habitabilidade da Terra”, explicou.

Reflexão sobre o futuro do planeta

Embora o fim da vida complexa esteja muito distante no tempo humano, os pesquisadores ressaltam que a descoberta ajuda a compreender melhor os limites naturais da Terra. Para os cientistas, conhecer esse destino distante reforça a importância de preservar o planeta enquanto ele permanece plenamente habitável.

A Terra segue sendo, até o momento, o único lar conhecido capaz de sustentar vida complexa. Entender o que nos espera no futuro é também uma forma de valorizar o tempo presente e a necessidade de práticas sustentáveis.


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