Vídeo: Viaduto recém-liberado na PR-445, em Irerê, já apresenta rachaduras na estrutura

Um vídeo enviado pelo morador e administrador de fazenda Fernando Torres da Silva mostra uma grande rachadura na estrutura que havia sido reformada recentemente pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná

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Foto: reprodução vídeo

Menos de duas semanas após ser liberado para o tráfego, o viaduto da PR-445, no trevo de acesso ao distrito de Irerê, em Londrina (PR), voltou a ser motivo de preocupação. Um vídeo enviado pelo morador e administrador de fazenda Fernando Torres da Silva mostra uma grande rachadura na estrutura que havia sido reformada recentemente pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).

“O local fica bem na saída de Irerê, sentido Londrina. É bem visível, qualquer pessoa que passar pelo trevo vai ver a rachadura no paredão do viaduto, bem em frente a uma borracharia”, relata Fernando, que passa pelo trecho com frequência. “Essa obra ficou parada por mais de um ano após o desmoronamento de uma das pistas. A estrutura foi liberada agora, tem uns dez dias, e já apareceu essa rachadura do outro lado”.

O viaduto, no sentido Londrina–Tamarana, ficou bloqueado por cerca de 10 meses depois que fortes chuvas, em setembro de 2024, causaram o colapso do muro de contenção e o deslizamento de parte do aterro. Na ocasião, 17,4 mm de chuva caíram sobre a cidade em um único dia — o que representou 28% de todo o acumulado do mês, segundo o Simepar.

As obras realizadas incluíram implantação de sistema de drenagem, recomposição do aterro, reconstrução do muro de contenção e pavimentação da pista. A sinalização horizontal foi refeita e lombadas instaladas no acesso ao viaduto foram removidas antes da liberação definitiva no último dia 22 de julho. Conforme informou o DER/PR à época, a estrutura original da obra foi concluída no fim de 2020 e ainda estava dentro do período de garantia no momento do deslizamento. Por isso, os serviços de manutenção e reparo ficaram sob responsabilidade da empreiteira responsável, com fiscalização do órgão estadual.

Em nota, o O DER/PR informa que o vídeo registra uma junta de dilatação entre placas de concreto do muro de contenção, elemento comum em dispositivos deste tipo. As rachaduras estão localizadas somente nas vigas externas, de pequeno porte, que não possuem as juntas de dilatação, mas não representam riscos para o dispositivo em si, podendo ser reparadas quando for realizada manutenção dos elementos de concreto do viaduto.

A nova rachadura, no entanto, reacende dúvidas sobre a durabilidade da recuperação feita e levanta preocupações quanto à segurança dos motoristas que trafegam diariamente pelo trecho. Assista ao vídeo.

 

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Carolina Thomaz

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