Visão restaurada: novo microchip na retina permite que idosos voltem a ler
Um estudo recente apresentou um microchip implantável na retina que permitiu que idosos com degeneração macular grave voltassem a distinguir letras e ler frases simples. O implante, que funciona transformando sinais visuais em estímulos elétricos, é um marco na reabilitação visual, embora a visão recuperada seja parcial

A ciência alcançou um marco na recuperação da visão. Um estudo recente revelou o desenvolvimento de um microchip inovador que, implantado sob a retina de pacientes, permitiu que idosos com visão gravemente comprometida voltassem a realizar atividades simples, como distinguir letras e ler frases.
O implante é direcionado a pacientes com degeneração macular relacionada à idade, uma condição que causa a perda progressiva da visão central, tornando impossível enxergar rostos ou ler. O funcionamento do microchip é complexo e elegante: ele recebe sinais visuais captados por óculos ou câmeras especiais e os transforma em estímulos elétricos. Esses estímulos são então processados pela retina ainda ativa, restaurando a visão de forma parcial.
Os ensaios clínicos envolveram idosos que, até então, eram considerados “inoperáveis”. Após a implantação, uma parte significativa dos participantes conseguiu identificar palavras em dispositivos de leitura adaptados.
Para os especialistas, esse avanço é um marco na oftalmologia, pois não se trata apenas de impedir a perda de visão, mas de recuperar uma função que parecia perdida. A tecnologia médica está se aproximando de soluções que antes pareciam ficção científica, oferecendo aos idosos a chance de recuperar parte de sua autonomia, como a capacidade de ler uma carta ou um menu.
Apesar de promissor, o tratamento ainda enfrenta limitações. A visão recuperada é parcial, e a resolução é inferior à visão normal. Custo, aprovação regulatória e acesso global são as próximas barreiras a serem superadas para que o implante se torne uma opção viável para milhões de pessoas.

