O humorista Whindersson Nunes revelou, em entrevista a um programa de tv, exibido neste domingo (3), que foi diagnosticado com altas habilidades — uma forma de superdotação — durante um período de internação voluntária em uma clínica psiquiátrica para tratar a dependência do álcool.

Segundo ele, a decisão de buscar ajuda ocorreu em fevereiro deste ano, motivada por um consumo excessivo de bebida alcoólica.

“Queria saber por que eu sentia aquela necessidade de tomar uma garrafa inteira. Eu só queria se fosse muito, demais”, afirmou.

Durante o tratamento, veio o diagnóstico que, segundo o artista, mudou a forma como enxerga sua própria mente.

“Não é uma coisa distante das pessoas. Muita gente tem e não sabe. Sempre busquei ajuda nas artes. Eu não fui assistido por pais que sabiam durante a minha infância”, explicou.

Apesar das vantagens associadas à superdotação, Whindersson destacou os desafios emocionais que acompanham a condição.

“É uma questão de autoconhecimento. Não consigo controlar meus pensamentos. O que eu posso fazer? Me preparar para as piores fases, e não deixar a melancolia dominar a minha mente”, disse, ao comentar os episódios depressivos com os quais ainda lida.

O humorista também falou sobre como sua mente funciona de maneira diferente e como isso impacta sua rotina e relações pessoais.

“As pessoas têm horários, rotinas ajustadas. É difícil para mim, pois eu funciono em determinados horários. Isso, com certeza, atrapalha meus relacionamentos”, desabafou.

Hoje, com uma nova percepção sobre sua vida e carreira, o piauiense afirma buscar um estilo de vida mais simples e focado no presente.

“Eu não estou mais pensando em vencer, ou em ser o primeiro. Esse nosso tempo é pequeno, é a nossa passagem. Somos pequenos perto da imensidão”, concluiu.