Arrecadação sobe 6,67% em Janeiro, Somando 250,6 BI

Fica registrado o recorde de arrecadação para todos os meses da série histórica do Fisco, que teve início em 1995. Ou seja, foi o valor mais alto em quase 30 anos, considerando a correção pela inflação.

Em janeiro a arrecadação federal somou R$ 280,64 bilhões. Teve uma alta real de 6,67% em relação ao mesmo mês de 2023. A divulgação foi feita pela Receita Federal nesta 5ª feira (22/02). Desmembrando estas receitas, temos a seguinte classicação:

– Receitas administradas pelo Fisco R$ 262,9 bilhões, com alta real de 7,07% em relação a janeiro de 2023.
– Ganhos administrados por outros órgãos totalizaram R$ 17,76 bilhões, com crescimento de 1,08% ante o mesmo mês do ano passado.

Dentro das receitas administradas pelo Fisco, o governo disse que houve um saldo de R$ 6,1 bilhões que foram de efeitos não recorrentes ou de alterações na legislação. São eles:

– IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social do Lucro Líquido) atípicos: arrecadação de R$ 4 bilhões;
– IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)-rendimentos de capital (tributação de fundos exclusivos): arrecadação de R$ 4,1 bilhões;

Esses aumento nos índices de arrecadação são reflexos de uma série de alterações nas regras de tributos aprovadas em 2023 pela equipe econômica. Significa então que estão dando resultados estas alterações? Sim estão, mas mais uma vez quem paga a conta é o povo que de uma forma ou de outra sofrerá as consequências do aumento dos impostos.

A questão é: Porque medidas foram tomadas visando o aumento da arrecadação?

Para tentar ZERAR o rombo das contas públicas neste ano, uma vez que em 2023 o governo federal registrou um DÉFICIT primário (sem contar as despesas com juros) de 230,5 bilhões. Diga-se de passagem, o segundo pior resultado da série histórica, que começa em 1997.

As justificativas do governo são de que entre outros fatores, o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios herdados de anos anteriores. Mas a diferença de quase 150 bilhões não falam nada, nem sequer comentam por exemplo o aumento dos gastos com viagens extraordinárias “à trabalho”, onde só nos primeiros seis meses de 2023 tiveram um aumento de mais de 42 bilhões se comparados ao ano anterior. Considerando que isso reflete apenas um semestre, no ano é bem capaz de ter chegado a quase 100 bilhões.

Então… fazer viagens e pagar para outros com dinheiro alheio, parece ser bem fácil, mesmo porque, faltando dinheiro é só mudar as regras de novamente e arrecadar mais! Fácil assim.

Esse é o orçamamento que sem dúvida gostaríamos de ter: SEM LIMITES DE GASTOS. Gastamos mais, mudamos as regras e arrecadamos mais.

Mais uma vez nada se fala em controle, administração ou diminuição de gastos públicos. Até quando?

 

E como dizem por aí: FAÇA O QUE EU FALO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO!

Dica da Jô: Seguimos em frente trabalhando e pedindo a Deus saúde para poder pagar o aumento dos impostos para cobrir o rombo do governo, onde uma grande maioria é referente viagens e má administração. Se você vai viajar este ano eu não sei, mas o governo… não tenho dúvidas!

Desejo a você caro leitor uma excelente semana e que seu poder de compra se multiplique!
Joenice Diniz
Consultora Financeira
@joenicediniz

 

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