Segundo levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) feito a pedido do g1, este é o pior período seco já enfrentado por mais da metade do país nos últimos 40 anos.
Das 27 unidades da federação, 16 estados e o Distrito Federal enfrentam a pior estiagem já vista no período de maio a agosto, desde os anos 1980. Na lista estão:
- Amazonas
- Acre
- Rondônia
- Mato Grosso
- Pará
- Mato Grosso do Sul
- Goiás
- Minas Gerais
- São Paulo
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Espírito Santo
- Bahia
- Piauí
- Maranhão
- Tocantins
O Cemaden é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e é responsável pelo fornecimento de dados ao governo federal sobre o cenário.
Hoje, mais de 3,8 mil cidades estão com alguma classificação de seca (de fraca a excepcional). O índice de seca é calculado com base no índice de chuva, variando conforme a proximidade ou distância da média e período.
Para se ter uma noção, o número de cidades nessa situação aumentou quase 60% entre julho e agosto e, segundo o Cemaden, os números de agosto ainda são uma prévia e até o fim do mês o cenário pode piorar.
- Queimadas pelo país
A seca deixa a vegetação ressecada e mais vulnerável ao fogo, que vem sendo vítima da ação humana. Com isso, um pequeno foco de incêndio pode se alastrar por quilômetros.
Este ano, com a seca, a temporada de queimadas começou antes do previsto e mais grave do que antes, o que preocupa especialistas. Geralmente, o fogo começa em setembro, que é também o pico do período seco.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio registrados no país é o pior em 14 anos.