A falência de dois grandes bancos nos Estados Unidos e crise em outro na Suíça em apenas uma semana, abalaram mercados e despertaram um sinal vermelho não somente entre as autoridades monetárias de todo o planeta, mas deixou muita gente esperta, inclusive você meu caro leitor. Se não foi seu caso, deveria ser.
Nos Estados Unidos o anúncio de falência do SVB-Silicon Valley Bank, o 16º maior credor do país aconteceu no dia 10/03, apenas dois dias depois, tivemos a intervenção por autoridades no Signature Bank de Nova York. Já na quarta 15/03, os holofotes se voltaram para o gigante suíço Credit Suisse, cujas ações desabaram 24% na mesma data, depois que o Banco afirmou ter encontrado “fraquezas” em seus relatórios financeiros. O Credit Suisse insistiu que sua posição financeira não é uma preocupação, com o executivo-chefe dizendo que as reservas de caixa do banco “ainda são muito, muito fortes”.
O Silicon Valley Bank era apenas um banco de ativos de US$ 200 bilhões e causou efeitos cascata nos mercados financeiros globais, enquanto o Credit Suisse é um banco de ativos de US$ 700 bilhões, então um colapso do Credit Suisse teria um efeito muito mais sistêmico e contagioso na economia e nos mercados financeiros”, disse Roubini em nota à imprensa.
Assim mesmo, o medo de problemas em uma instituição internacional tão grande pressionou as ações de bancos em todo o mundo, o que não era para menos, uma vez que na esteira do colapso do SVB, os reguladores americanos garantiram todos os depósitos no mesmo, mas ele “quebrou” sim, sendo arrematado pelo valor de uma libra pelo HSBC e representa a maior falência de uma instituição financeira americana desde 2008.
Análises à parte, pois poderíamos ficar falando aqui por horas a fio sobre prejuízos acumulados, possíveis causas para esses prejuízos e consequências para clientes e para o mercado financeiro, mas o que realmente deveria ser a fonte de nossa preocupação é: Qual o respingo disso para o Brasil? O quanto devemos nos preocupar como clientes do sistema financeiro?
Devido à rápida intervenção dos Bancos Centrais dos países dos bancos em questão, injetando bilhões de dólares nos mesmos, muitos estudiosos chegam até a dizer que não temos com o que nos preocupar, tendo em vista a “solidez” do sistema financeiro nacional, portanto não creem que bancos nacionais sejam prejudicados pelas falências.
Em 2008 também ouvimos coisas parecidas, mas a crise repercutiu em todo o mundo, com bolsas caindo e investidores perdendo seus patrimônios.
Sugestão: que tal estudar um pouco mais sobre a crise financeira de 2008 e entender quais as possibilidade de tudo se repetir e o quanto isso o afetaria?
E como diz um antigo provérbio conhecido nosso: “O seguro morreu de velho”. Quem se previne, evita surpresas desagradáveis!
Desejo a você uma excelente semana. Dica: Previna-se!
Joenice Diniz
