O BRICS é a sigla que se refere aos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecidos mundialmente como grupo de países emergentes, selecionados e reunidos pelo estágio de desenvolvimento econômico.
No dia 24/03, Dilma Rousseff foi eleita a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB – sigla em inglês), conhecido como Banco do Brics, substituindo Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupava o posto desde julho de 2020.
Então Brics não é banco? Não, não é. O que ocorre é um “subentendimento” dos vários meios de comunicação em relação à apresentação da notícia: “Dilma é a nova presidente do Brics”, como se Brics realmente fosse o nome de um banco e não é. É um grupo, comumente chamado de cúpula, o qual também não tem presidente, composto por um Conselho de Administração.
Economicamente é importante entender porque surgiu o Brics e sua representatividade no mundo.
Relata o Ministério de Relações Exteriores, que em 2006 de maneira informal, com uma reunião de trabalho, realizada em paralelo à Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), começou a coordenação entre Brasil, Rússia, Índia e China. Mas e a África do Sul? Só veio fazer parte do grupo em 2011.
Embora os cinco países não sejam um bloco político nem uma aliança de comércio formal ou militar, têm negociado vários tratados de comércio e cooperação com vistas a aumentar seu crescimento econômico.
Fonte: Agência Senado.
E o que fez então estes países sentirem a necessidade de se agruparem?
Conforme dados do IPEA, entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro primeiros países integrantes representou 65% da expansão do PIB mundial. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
Ou seja, a necessidade conjunta de melhora nas áreas de agricultura, ciência e tecnologia, cultura, governança e segurança da Internet, previdência social, propriedade intelectual, saúde, turismo, entre outros, juntamente com a representatividade econômica mundial, fizeram com que esses países se unissem através do Brics, os quais se reunem anualmente na busca de soluções e parcerias, diante da representatividade mundial em conjunto.
Apenas em 2014, em um encontro em Fortaleza (CE), os países do Brics assinaram a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que tem por objetivo financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável em economias emergentes e em países em desenvolvimento. Em julho de 2015, o banco foi oficialmente inaugurado, contando com um capital de 100 bilhões de dólares (Fonte: Agência Senado).
Como já dito no título deste artigo, Dilma Rousseff é a atual presidente do NDB, permanecendo neste cargo inicialmente até julho de 2025, recebendo a bagatela de aproximadamente R$ 290.000,00 mensais (pagamento em dólar, em torno de US$ 50 mil), quando a partir daí deverá ser exercido por um representante de outro país.
E aí vem a reflexão da semana. Essa é com você: Qual deveria ser a qualificação de uma pessoa para ocupar o cargo de presidente do Banco do Brics? Dilma Rousseff tem essa qualificação ou condições para adquirí-la? Qual foi o pré-requisito utilizado para a escolha? Será que o mesmo para o nosso atual Ministro da Economia?
Enquanto isso, segue a “Dica da Jô”: Conhecimento NUNCA é demais!
Desejo a você uma excelente semana!
Joenice Diniz
