Economia sob a ótica dos 100 dias do governo Lula
Economia sob a ótica dos 100 dias do governo Lula

Primeira pergunta: 100 ou 160 dias? Como assim? A resposta é simples. Mesmo antes de sua posse, logo após sua eleição, o “futuro governo Lula” já atuava na Câmara dos Deputados com votações às pressas, a grande maioria noturna, a fim de garantir nomeações e possibilidades de movimentações/ações anteriores à primeiro de janeiro. Esses fatos unidos à falta de um plano de governo, já mexeram com a economia antes mesmo de sua posse.

Os últimos 60 dias do ano foram de grande instabilidade no mercado financeiro, considerando a grande movimentação de investidores, seja mandando embora seus investimentos, diante da insegurança do que poderia acontecer como bloqueios inesperado em contas, etc, seja protelando seus investimentos nas suas próprias empresas.

Fato: Lula mexeu com a economia antes mesmo de sua vitória. Sua candidatura já trazia insegurança à investidores e fez com que o mercado financeiro a cada notícia, fala atravessada, ou até mesmo boato, oscilasse. Os seus 100 primeiros dias não poderiam ser fáceis e com certeza, os mais esperados por todos.

No dia 09 de dezembro anterior, Lula anunciou Fernando Haddad para Ministro da Fazenda, juntamente com o desmembramento do ministério da Economia, pasta que surgiu no antigo governo de Jair Bolsonaro, com a união dos antigos ministérios da Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, e da Indústria, Comércio e Serviços. Considerado o reflexo na economia, o cargo de Haddad é o mais importante. Muitas indagações surgiram em relação à sua experiência, forma de condução, o que já era esperado.

Enfim, qual o saldo dos 100 primeiros dias do governo Lula frente à economia?

Podemos citar:
– Queda da Ibovespa de 8,12% no período, onde a bolsa ficou abaixo dos 100.000 pontos;
– Críticas à privatização da Eletrobras, ajudando a aumentar o risco país;
– Mudança na política de preços da Petrobras no radar;
– Interesse na mudança de leis das estatais a fim de colocar em cargos privilegiados, aliados e parlamentares não eleitos;
– Críticas ao Banco Central, representado pelo seu presidente Roberto Campos Neto, onde Lula quer à força que baixem a Selic, como se a inflação estivesse na meta prevista;
– Teto para a taxa de juros de consignado, em desencontro ao mercado financeiro atual, fazendo com que vários bancos deixassem de oferecer o crédito;
– Criação de imposto na exportação do petróleo, reonerando o mesmo;
– Arcabouço Fiscal e medidas para aumentar a receita. À priori, o arcabouço foi visto positivamente, já que esperavam coisa bem pior. A questão é: aumentar mais impostos? Quem vai pagar a conta?

Resumindo, quando se olha para os acontecimentos econômicos dos primeiros 100 dias de governo, observa-se várias discussões, as quais poderiam ter sido evitadas se antecipadamente tivessem um plano econômico.

Plano econômico, estou piadista hoje né? Como falar em plano econômico se sequer tinham um plano de governo.
O que precisamos agora é acompanhar e torcer para que tudo dê certo, sendo otimista e pensando que são apenas os primeiros 100 dias, ou seja, muita coisa ainda pode e vai acontecer, se Deus quiser e o governo permitir!

Reflexão da semana: Qual era a sua perspectiva do governo em relação à economia?

Enquanto isso, segue a “Dica da Jô”: A esperança é a última que morre!
Desejo a você uma excelente semana!
Joenice Diniz