Segurança na avicultura é tema de seminário na ExpoLondrina 2024
Foto: Rubem Vital

Os estados do Sul mantêm 87% da avicultura nacional. O Paraná lidera o ranking, com uma produção de 2,1 bilhões de frangos em 2023, de acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE. O estado exporta carne de frango para vários mercados exigentes, como Israel, Japão e Coreia do Sul. A produção expressiva de aves paranaense é motivo de comemoração, mas também de preocupação tanto para o produtor, quanto para o poder público. Isso porque a segurança biológica das aves é o que garante o mercado de exportações. O assunto é tema do 2º Seminário de Biosseguridade na Avicultura, realizado pela Sociedade Rural, Secretaria Estadual de Agricultura, Adapar, Ceasa-PR, IDR-PR e UEL. O encontro aconteceu na quinta-feira (11), na ExpoLondrina 2024. “O Paraná já é líder na produção de aves, estamos nos encaminhando para a liderança na produção de suínos. Precisamos estar preparados porque doenças, como a gripe aviária, vão acontecer. Em um evento como este, tanto o produtor quanto o pesquisador têm a possibilidade de se atualizar no assunto”, falou o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins. A presidente interina do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR), Vânia Moda Cirino, disse que o papel do poder público é trabalhar em ações para erradicação de doenças para que haja uma produção eficiente e alta rentabilidade da produção aviária. “As palestras deste seminário são fundamentais para trazer conhecimento e tecnologia para garantir a prevenção da sanidade dos nossos aviários”, comentou Vânia.

Gripe aviária – A América do Sul tem confirmados 991 focos de influenza em aves – também chamada de gripe aviária – em criadouros comerciais. O Brasil tem atualmente quase 3 mil casos sendo investigados e outros 166 foram confirmados, sendo 13 no Paraná. “Só que os casos confirmados no país não foram localizados em aviários comerciais, somente em aves silvestres ou de subsistência. Isso ainda não atrapalha nossas exportações”, disse o professor do curso de Veterinária da UEL, Jason Solano, um dos palestrantes. O pesquisador ressaltou que mamíferos, inclusive humanos, podem ser contaminados pela gripe aviária, o que aumenta o alerta em relação à biossegurança como um todo. Para o médico veterinário especialista em segurança biológica Kazuo Hirata, a principal preocupação do avicultor e do poder público atualmente é a gripe aviária, mas ela não deve ser o único foco de atenção. “Existem cinco pilares da avicultura. Nutrição, genética, manejo, sanidade e ambiente onde vivem as aves. Iniciativas públicas e privadas devem trabalhar juntas na pesquisa e comercialização de ferramentas que contribuam para a biosseguridade, desde o melhoramento genético até vacinas e manejo dos animais”, concluiu o palestrante. Com informações da assessoria de imprensa.