A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, nesta terça-feira (25), os pedidos preliminares das defesas dos acusados de planejar um golpe de Estado no Brasil. Entre os denunciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados próximos. Com a decisão unânime dos ministros, o julgamento prosseguirá nesta quarta-feira (26), quando será analisado o mérito da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os pedidos preliminares apresentados pelas defesas buscavam questionar a imparcialidade de ministros, alegar supostas irregularidades na investigação e contestar a competência do STF para julgar o caso. Entre os pontos rejeitados pelos magistrados estavam:

A suspeição do relator Alexandre de Moraes e o impedimento de outros ministros para atuar no caso;

A alegação de que o julgamento deveria ocorrer no plenário, e não na Primeira Turma do STF;

A suposta ilegalidade na abertura da investigação e na coleta de provas;

A nulidade do acordo de colaboração premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

O relator Alexandre de Moraes argumentou que a legalidade da investigação já havia sido confirmada pelo plenário do STF anteriormente e que os pedidos da defesa não tinham fundamento jurídico suficiente para interromper o processo. Moraes também destacou que os ataques à democracia foram organizados de maneira coordenada e sistemática, justificando a denúncia da PGR.

Após a rejeição dos recursos, a sessão foi suspensa e será retomada nesta quarta-feira (26). Na nova fase do julgamento, os ministros decidirão se aceitam ou não a denúncia da PGR, o que pode levar à abertura de uma ação penal contra os envolvidos. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e seus aliados passarão a ser réus no processo. Com informações Portal G1.