Um turista argentino viralizou nas redes sociais após usar um bloqueador de sinal Bluetooth para “desligar” uma caixa de som em uma praia. Identificado como Roni Bandini, ele justificou sua atitude como uma forma de combater a poluição sonora e a falta de consideração de algumas pessoas em locais públicos.

O dispositivo, criado pelo próprio Bandini, impede a comunicação entre celulares e caixas de som, interrompendo a reprodução de músicas. Apesar da repercussão, especialistas alertam que esse tipo de equipamento, conhecido como jammer, não é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e sua venda e uso no Brasil são ilegais.

De acordo com o especialista em tecnologia Thiago Ayub, esses aparelhos geram uma forte interferência na frequência de 2,4 GHz, utilizada por dispositivos Bluetooth, como fones de ouvido, relógios inteligentes e até sistemas de Wi-Fi. Além disso, bloqueadores de sinal podem comprometer serviços essenciais e até mesmo causar riscos em grandes cidades.

A Anatel esclarece que apenas órgãos públicos específicos, como Forças Armadas, Polícia Federal e sistemas de segurança penitenciária, podem usar bloqueadores de sinal, e sempre sob regulamentação. Qualquer outra aplicação do equipamento é proibida e passível de sanções.

O caso levantou discussões sobre o uso de caixas de som em locais públicos e os limites entre o direito ao silêncio e a liberdade individual, reacendendo um debate frequente em praias e espaços compartilhados.

Fonte: G1

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