Justiça Federal libera R$ 586 milhões para projetos ambientais no Paraná com recursos de indenização da Petrobras
Foto: Denis Ferreira Netto / SEDEST

A Justiça Federal autorizou o uso de R$ 586 milhões do montante de pagamento da Petrobras, referente ao vazamento de petróleo no Rio Iguaçu em 2000, para financiar projetos ambientais no Paraná. Deste total, R$ 346,5 milhões (59%) serão destinados a 23 propostas do Instituto Água e Terra (IAT), contemplando ações de monitoramento, fiscalização, reestruturação de equipamentos e iniciativas de conservação. Entre os projetos aprovados, destaca-se o Monitora Paraná , que receberá R$ 140 milhões para melhorar a prevenção de desastres naturais, com a instalação de estações prejudiciais, radares e a criação de um índice de vulnerabilidade das Unidades de Conservação. Além disso, R$ 40 milhões serão destinados à ampliação e reestruturação dos Centros de Apoio, Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), com a construção de quatro novos centros em Curitiba, Londrina, Litoral e região Oeste, e modernização dos existentes em Ponta Grossa e Guarapuava.

Outra iniciativa importante é a implementação de três novos parques urbanos na Bacia do Alto Iguaçu, que beneficiarão as cidades de Porto Amazonas, Lapa e Contenda, com investimento de R$ 6,8 milhões. Esses espaços proporcionam lazer à população e recuperação ambiental de áreas degradadas. O recurso faz parte do total de aproximadamente R$ 1,2 milhões de indenização depositada em justiça, oriunda do acidente ambiental de 2000, que causou graves prejuízos à fauna, flora e qualidade da água em 40 quilômetros do Rio Iguaçu. Segundo o acordo, 5% dos valores devem ser aplicados em Araucária, área mais afetada, e outros 5% em programas para a Bacia do Alto Iguaçu. O restante será investido em projetos voltados para Unidades de Conservação estaduais e federais, e ações do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema), que gerenciam recursos para controle e recuperação ambiental.

O secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza , destacou que os projetos serão implementados imediatamente, modificando o cenário ambiental do Paraná. “Conversamos, ajustamos os projetos e, em comum acordo, conseguimos a liberação dos recursos para começar as obras que trarão benefícios significativos aos paranaenses”, afirmou. Além disso, o diretor-presidente da Fomento Paraná, Vinícius Rocha , reforçou que os investimentos em ciência, tecnologia e infraestrutura são essenciais para ampliar a produtividade sustentável no Estado, que já destina mais de um terço de seu PIB ao agronegócio.