
Depois de 467 dias de guerra na Faixa de Gaza e quase 48 mil mortos, Israel e Hamas entram em acordo sobre um cessar-fogo. O anúncio foi feito em Doha pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (15). O país foi um mediadores das negociações, junto de Egito e Estados Unidos. Durante o anúncio oficial, Abdulrahman pediu para que todas as partes cumpram o que foi acordado. O tratado entra em vigor no domingo. O cessar-fogo é a segunda trégua assinada entre as duas partes desde o início da guerra em Gaza, que começou em outubro de 2023, criou novos conflitos no Oriente Médio e fortaleceu as tensões na região.
Desta vez, no entanto, a proposta é aplicar medidas que levem ao fim total do conflito, em fases. O acordo prevê a libertação gradual de todos os cerca de cem reféns que ainda estão sob controle do Hamas, a retirada das tropas israelenses de Gaza e planos para o futuro do território, além da libertação de palestinos presos em presídios israelenses.
A trégua após 15 meses de conflito, terá três fases. O primeiro passo do acordo, que começa no domingo, prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas e a libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Na segunda fase, será discutida a libertação dos reféns restantes. Cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, ainda estão nas mãos do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo palestino no sul de Israel. Aa terceira fase será o cessar-fogo permanente e a retirada completa das forças israelenses. A represália de Israel já deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas.
Com informações de G1.