PROPOSTA DE REDUÇÃO DE METAS DAS CONTAS PÚBLICAS DO GOVERNO. FÁCIL NÉ?
Foto Meramente Ilustrativa

No meu último artigo “ARRECADAÇÃO SOBE 6,67% EM JANEIRO, SOMANDO 280,6 BI”, falei sobre as alterações nas regras de tributos aprovadas em 2023, onde deixamos claro o aumento.

Então vamos relembrar: Por que as medidas para aumentar a arrecadação?

Para tentar ZERAR o rombo das contas públicas neste ano, uma vez que em 2023 o governo federal registrou um DÉFICIT primário (sem contar as despesas com juros) de 230,5 bilhões. Diga-se de passagem, o segundo pior resultado da série histórica, que começa em 1997.

Agora vamos retomar: O governo aumenta a arrecadação e ao invés de pagar o que deve e aproveitar o superávit para ajustar o orçamento, vai reduzir as metas para poder gastar mais????

Fala sério, parece brincadeira. Este é o exemplo do governo para uma nação onde praticamente 80% da população está endividada.

Como esperar uma melhora? Como mudar a cultura financeira do país? Sem a MENOR chance. A única coisa é que o governo tem de onde tirar: do lombo da população, dos empresários. E você leitor, enquanto é obrigado a pagar mais impostos vai tirar de quem? Sabe de onde? De você mesmo, dos seu lazer se é que tem, das suas viagens se é que tem, das suas reservas se é que tem.

Retomando…

Em 2022, o governo teve superávit de R$ 54 bilhões. Em 2023, no atual governo, déficit de R$ 230 bilhões. As medidas incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, só facilitam a realização de mais gastos públicos em 2025 e em 2026 e, por conta disso, tendem a pressionar ainda mais a dívida pública para cima nesse período.

A única esperança é que para serem alteradas, as novas metas ainda precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional. Sinceramente não acredito que não aprovarão, mesmo porque, os congressistas na sua grande maioria também tem vários “incentivos” para votar a favor.

Se as novas metas forem aprovadas, o governo Lula vai terminar 2026 com uma estimativa de dívida pública em torno de 79,1% do PIB. Esse número representaria uma alta de quase cinco pontos percentuais entre 2023, no início do governo, quando somava 74,4% do PIB, e 2026.

Apenas para 2026 está proposta uma mudança na meta vigente de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB — cerca de R$ 33 bilhões.

Complementando o que eu disse no último artigo:

“Então… fazer viagens e pagar para outros com dinheiro alheio, parece ser bem fácil, mesmo porque, faltando dinheiro é só mudar as regras de novamente e arrecadar mais! Fácil assim.” …ARRECADAR MAIS E ALTERAR A META PARA GASTAR MAIS!

Esse é o orçamamento que sem dúvida gostaríamos de ter: SEM LIMITES DE GASTOS. Gastamos mais, mudamos as regras . Arrecadamos mais e continuamos gastando e devendo.

Mais uma vez nada se fala em controle, administração ou diminuição de gastos públicos. Até quando?

E como dizem por aí: FAÇA O QUE EU FALO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO!

Dica da Jô: NÃO siga o exemplo do governo. Ajuste seu orçamento, ganhe mais e gaste o que estiver orçado.

 

Desejo a você caro leitor uma excelente semana e que seu poder de compra se multiplique!

Joenice Diniz
Consultora Financeira
@joenicediniz

 

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