Como forma de valorizar o patrimônio construído e resgatar a memória urbana de Londrina, o projeto “As casas de madeira de Londrina” realizou na quarta-feira (13), a abertura da exposição de fotografias “As casas de madeira de Londrina: nossa arquitetura vernacular”. A mostra será montada no Sesc Cadeião Cultural, no espaço do Museu do Café (rua Sergipe, 52), e permanecerá aberta para visitação até janeiro de 2025. “A exposição conta com 33 fotografias de 30×45 expostas em quadros na parede, 24 monóculos e 80 fotografias de 15×20, que serão deixadas expostas para o público manusear”, explicou a arquiteta e proponente do projeto Gabriela Wedekin.
Idealizado em 2023 por Wedekin, o projeto nasceu durante a época em que ela fazia mestrado em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Em parceria com sua amiga e colega de curso, Erica Matsuda, Wedekin deu início ao trabalho no começo deste ano, com o apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina. As fotografias, registradas por Wedekin no início de 2024, capturam detalhes singulares de casas, conjuntos e ornamentos em madeira, revelando a arquitetura e a paisagem de bairros históricos como as vilas Brasil, Casoni, Recreio e Shimabokuro, o Jardim Petrópolis e o Centro.
O projeto tem como uma das principais referências o livro “Arquitetura de madeira na zona urbana de Londrina” de Carllos Bozelli (2004), que mostra que, na época, a área central da cidade ainda tinha diversas edificações de madeira. Passados 20 anos, poucas dessas edificações restaram na cidade, levando o projeto a enfatizar a valorização e preservação das arquiteturas de madeira. Além das fotografias, a mostra contará com uma TV que vai passar um vídeo com as imagens registradas e as dez entrevistas em áudio com antigos moradores dessas edificações. Nessas gravações, os entrevistados contam sobre suas vivências e memórias nas casas de madeira, além de mostrar seus vínculos emocionais com a cidade.
A equipe completa do projeto é composta por Gabriela Oliveira Wedekin, que assina a direção geral e a fotografia; Erica Matsuda, responsável pela assistência de produção e comunicação; Renata Mariano Landgraf, que cuidou da edição e tratamento dos áudios das entrevistas; Eduardo Paiva Haguio, assistente de montagem e produção da exposição; Eluanna Ribeiro, que desenvolveu a identidade visual; e Marcos Vinicius Zanatta, que atuou como assistente de trabalho de campo. A exposição ficará aberta de terça a sexta-feira, das 9h às 21h. Nos finais de semana, a mostra estará disponível ao público das 10h às 18h. Com informações do N.Com.