A mãe que me tornei passa pela mulher que sou
A mãe que me tornei passa pela mulher que sou!

Recebo muitas mulheres no consultório muito identificadas com a mãe que se tornaram e totalmente desconectadas da mulher que são.

De um lado, mulheres que sabem muito bem fazer um discurso incrível sobre seus filhos no que diz respeito às preferências alimentares, pratos coloridos, brincadeiras favoritas, organização da rotina, calendário de vacinas e consultas ao pediatra, momentos de lazer, planos educacionais, projeções para uma vida feliz, entre tantas outras coisas que envolvem esse imenso universo materno.

Do outro, mulheres que sabem falar muito bem sobre suas frustrações, seu sentimento de culpa ou incapacidade de acharem que não dão conta de todos os pré-requisitos que envolvem essa função e principalmente por se compararem com uma realidade que na maioria das vezes, é inventada pelas redes sociais e imposta como verdade absoluta.

Independente do lado que estão, a questão aqui é que elas na maioria das vezes não sabem mais dizer quase nada sobre si mesmas. Já não se lembram mais das suas preferências, da rotina, do lazer, da parte espiritual e principalmente, do que faz seus corações pulsarem pela vida.

Aqui quero trazer uma reflexão…

Entendo que ser mãe demanda entrega e muito amor.

Porém, mistura-se nisso e perder-se de si mesma não é nada saudável emocionalmente.

Você precisa estar bem para poder cuidar de alguém! Como costumo dizer, colocar-se em primeiro lugar não é egoísmo e sim, sabedoria e autoamor.

Agora vamos um pouquinho mais profundo. Pense comigo…

A criança tem os seus pais ou cuidadores como primeiro “modelo” sobre o que é o mundo e as relações que nele se estabelecem. Então vamos lá…

O que seus filhos têm aprendido com você sobre amor próprio, relacionamentos afetivos, carreira, relações com amigos e familiares, autocuidado, espiritualidade, finanças, felicidade, gratidão, solidariedade entre tantas outras coisas?

Sério isso não é mesmo? O que você tem ensinado à eles com o exemplo da sua própria vida?

Acredito que neste ponto da leitura você já entendeu que precisa rever a sua relação com você mesma, estou certa?
Aqui quero te acolher e te tranquilizar… está tudo bem… na sociedade em que estamos inseridas aprendemos a fazer realmente dessa forma, ou seja, nos colocar sempre em segundo plano diante das demandas externas.

Porém, agora que já está consciente disso e da importância de saber que é com a sua vivência que crianças e adultos ao seu redor aprendem, que tal começar a cuidar de você e se priorizar?

Conectar-se com seu feminino, com sua sexualidade, cuidar dos seus relacionamentos e dos seus sonhos é alimento para sua alma poder transbordar amor tudo de melhor que você tem no coração. Pense nisso com carinho e se precisar peça ajuda de um profissional. Você não está sozinha…

Com amor, Nanda Cunha.
@nandacunhaterapeuta